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Dom
Jaime Vieira Rocha
Arcebispo Metropolitano de Natal |
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"Servi ao Senhor com alegria"
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Irmãos e Irmãs na fé, vivendo o mês
vocacional e recordando a vocação para os ministérios e serviços, de
modo especial, quero dirigir-me aos jovens de nossa Igreja. A realização
do Bote Fé em Natal foi um momento de graça e renovação na fé em Deus e
na ação do Espírito Santo, que dá vida e santifica a Igreja de Cristo,
fazendo com ela sempre se renove, geração após geração. Estamos a um ano
da realização da Jornada Mundial da Juventude. Ao ver a juventude da
nossa Arquidiocese reunida em louvor, adoração e ação de graças, a fim
de estar com Cristo, enchemo-nos de esperança e recordamos o Salmo 42
que diz: "Irei ao altar de Deus, do Deus que alegra a minha juventude".
Dessa maneira, vivendo o presente e contemplando o futuro de nossa
Arquidiocese nos alegramos e "Colocamos a nossa esperança no Deus vivo"
(1Tm 4,10), tal como encontramos na carta de São Paulo a Timóteo.
A esperança foi justamente o centro da mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Juventude. O Santo Padre recorda que a questão da esperança está no centro da nossa vida de seres humanos e da nossa missão de cristãos, sobretudo na atualidade. A juventude, em especial, é o tempo de esperanças, porque olha para o futuro com várias expectativas. Os questionamentos que permeiam a adolescência fazem com que os jovens se perguntem onde buscar e como manter viva no coração a chama da esperança. O Sumo Pontífice lembra que somente em Deus o ser humano encontra a sua verdadeira realização: "O compromisso primeiro que envolve todos nós é, portanto, uma nova evangelização, que ajude as novas gerações a redescobrirem a face autêntica de Deus, que é Amor". Todavia, recorrendo ao ensinamento de São Paulo, o Papa esclarece que a esperança não é somente um ideal ou um sentimento, mas uma pessoa viva: Jesus Cristo, o Filho de Deus. O conhecimento amoroso de Jesus faz surgir no coração o desejo de seguir e servir a Cristo. O serviço na Bíblia está sempre ligado a um chamado específico que vem de Deus, e precisamente por isso, representa o máximo cumprimento da dignidade da criatura ou aquilo que evoca toda a dimensão misteriosa e transcendente. Assim aconteceu também na vida de Jesus, o Servo fiel, chamado a cumprir a obra universal da redenção. É a determinação do servo, que encontra em Deus a sua força e por Ele, torna-se "luz das nações" e operador de salvação (Is 49,5-6). Bento XVI ensina que a vocação ao serviço é sempre, misteriosamente, vocação a tomar parte, de modo muito pessoal e também árduo e sofrido, no mistério da salvação. Jesus é, verdadeiramente, o modelo perfeito do "servo" de que fala a Escritura. O serviço torna-se, então, caminho e mediação preciosa para poder compreender melhor a própria vocação. Jesus, o Servo e o Senhor, é também aquele que chama. Chama a ser como Ele, porque só no serviço, o ser humano descobre a dignidade própria e a dos outros. Ele chama a servir como Ele serviu. Rezemos, pois, para que a Palavra e a Vida de Jesus possam tocar e propor a tantos jovens de nossa Igreja o ideal do serviço, e ajudá-los a superar as tentações do individualismo, da indiferença e da falta de fé e esperança. |
sábado, 25 de agosto de 2012
Palavra do Arcebispo Dom Jaime para este domingo
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