Natal é tempo de paz, de graça e de alegria, e, principalmente, de
gratidão a Deus por ter nos enviado, por meio de Maria, seu Filho, para
ser o nosso Redentor.
Esta é a causa e a fonte da verdadeira alegria para nós no Natal: a
plena convicção de que Deus nos ama infinitamente, a ponto de, pelo
mistério da encarnação, assumir a condição humana e tornar-se
verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.
Este gesto de amor atinge seu ápice quando Jesus aceita, livremente,
morrer na cruz por nós. Jesus venceu a morte com a própria morte e ao
ressuscitar concedeu-nos a salvação e nos conferiu a dignidade de sermos
chamados filhos de Deus. “E a razão pela qual o Verbo de Deus se fez
homem foi para que o homem ao entrar em comunhão com o Verbo e ao
receber, assim, a filiação divina, se convertesse em filho de Deus.
Porque o Filho de Deus se fez homem para nos fazer Deus” (CIC 460).
Jesus veio ao mundo para nos revelar que “Deus é amor”. Ele é justiça,
misericórdia e bondade infinita. É esse mistério do amor e da bondade de
Deus, manifestado em Nosso Senhor Jesus Cristo, que celebramos no
Natal. Se acreditamos, de fato, no verdadeiro sentido do Natal, devemos
reafirmar nossa fé e renovar o compromisso, assumido em nosso batismo,
de ser discípulo e missionário de Jesus Cristo e de trabalhar pela
construção de um mundo mais justo, humano e fraterno. Nós, cristãos, em
meio a uma sociedade de consumo e num mundo, muitas vezes, insensível
aos valores religiosos, devemos testemunhar que Natal sem Jesus não é
verdadeiro Natal.
Alegremo-nos e demos graças a Deus: “Eu vos anuncio uma grande alegria,
que será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um
salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10).
Ao querido brasileiro, os melhores votos de um Feliz e Santo Natal e um 2013 com muitas bênçãos do Senhor!
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida (SP)
Presidente da CNBB
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