Devemos combater a batalha pela vida, jamais pela morte! O Papa Francisco fez este apelo durante a Audiência Geral desta manhã de quarta-feira 13/11, na Praça S. Pedro, diante de mais de 70 mil pessoas.
O Pontífice mencionou duas notícias dos últimos dias: uma na Síria e outra nas Filipinas.
“Fui informado com grande dor que dois dias atrás, em Damasco, tiros de morteiro mataram algumas crianças que voltavam da escola e o motorista do ônibus. Outras crianças ficaram feridas. Rezemos para que essas tragédias não aconteçam! Nesses dias, estamos rezando e unindo as forças para ajudar os nossos irmãos e irmãs das Filipinas, atingidos pelo tufão. Essas são as verdadeiras batalhas a combater. Pela Vida! Jamais pela morte!”
O Papa chegou à Praça às 9h50, a bordo do seu jipe branco. Por cerca de meia-hora, Francisco recebeu e retribuiu o carinho dos fiéis, abençoando a multidão, beijando as crianças e conversando com os inúmeros grupos.
Prosseguindo sua reflexão sobre o Credo, hoje Francisco aprofundou o tema do Batismo, o único Sacramento referido na profissão de fé.
O Batismo, explicou o Pontífice, é a “porta” da fé e da vida cristã. Quando dizemos que “professo um só Batismo para a remissão dos pecados”, afirmamos que este sacramento é, em certo sentido, a carteira de identidade do cristão: um novo nascimento, o ponto de partida de um caminho de conversão, que se estende por toda a vida.
O Papa então nos convidou a refletir: “o Batismo é para mim um fato do passado, ao qual jamais penso, ou uma realidade viva, que diz respeito ao meu presente, em cada momento? Nos momentos de escuridão, inclusive interior, quando sinto o peso das dificuldades e dos meus pecados, me lembro que sou batizado? Entrego-me ao amor de Cristo que abita no profundo do meu ser? O dia do nosso aniversário é o nosso dia à vida; e o dia do nosso Batismo é o dia que nascemos para a Igreja”, disse o Papa, dando a “lição de casa” aos fiéis de se informarem a data em que foram batizados.
Este novo nascimento se dá através de uma verdadeira imersão espiritual na morte de Cristo –batismo significa imersão –, para que possamos ressuscitar com Ele para uma vida nova.
Assim, o Batismo representa uma poderosa intervenção da misericórdia divina na nossa vida, que nos garante o perdão de todos os pecados: do pecado original e de todos os pecados pessoais. “Todavia, esta intervenção divina não nos exime da responsabilidade de pedir perdão toda vez que erramos! Não existe ninguém que não deva lutar todos os dias contra os impulsos do mal e da ação de satanás que está sempre à espreita!”
A fragilidade da nossa natureza humana permanece, prosseguiu o Papa, por isso é preciso humildemente renovar e consolidar este perdão, por meio do sacramento da Penitência. “Desse modo manteremos sempre limpa a veste branca da nossa dignidade cristã! A única saída para vencer o mal é não escondê-lo e não justificá-lo.”
Depois da catequese, o Pontífice saudou os fiéis oriundos de várias partes do mundo. Do Brasil, estavam presentes peregrinos da Catedral Santa Terezinha, de Uberlândia (MG); um grupo de Sertãozinho (SP); da Paróquia Santo Antônio e Santo Agostinho, de Petrópolis (RJ); da Paróquia São Camilo de Lellis, Santo André (SP); e da Paróquia São João Batista, de São Caetano do Sul.
Fonte: Rádio Vaticano
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