quinta-feira, 29 de maio de 2014

Paz e ecumenismo: na Audiência, Papa recorda sua viagem à Terra Santa



  A viagem à Terra Santa foi o tema da Audiência Geral esta quarta-feira 29/05, na Praça São Pedro.

O Papa Francisco fez uma pausa em suas catequeses sobre os sete dons do Espírito Santo, para falar da recente peregrinação que ele definiu como “um grande dom para a Igreja”.

Depois de agradecer a todas as autoridades eclesiásticas e civis que cooperaram para a realização da visita, de modo especial aos franciscanos, o Pontífice recordou a motivação principal que o levou à terra de Jesus: celebrar os 50 anos do encontro entre Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, rezando desta vez no Santo Sepulcro com Bartolomeu I.

“Naquele local onde ressoou o anúncio da Ressurreição, sentimos toda a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo. A divisão faz mal ao coração. Ainda estamos divididos? Naquele local onde Jesus nos dá a vida, nós ainda estamos um pouco divididos”, disse Francisco. Mas sobretudo, naquela celebração repleta de recíproca fraternidade, estima e afeto, ouvimos forte a voz do Bom Pastor ressuscitado que quer reunir todas as suas ovelhas em um só rebanho; sentimos o desejo de curar as feridas ainda abertas e prosseguir com afinco o caminho para a plena comunhão.”

Mais uma vez, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer esta divisão. E peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que nós fizemos aos outros irmãos. Todos somos irmãos em Cristo e com o Patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, compartilhamos a vontade de caminhar juntos.
O Papa continuou recordando que outra finalidade desta peregrinação foi encorajar na região o caminho rumo à paz – encorajamento feito nas três etapas da visita: Jordânia, Palestina e Israel. “Eu o fiz sempre como peregrino, levando no coração uma grande compaixão pelos filhos daquela Terra, que há muito tempo convivem com a guerra e têm direito de conhecer finalmente dias de paz! (...) A paz se faz artesanalmente. Não existem indústrias de paz. Ela é feita todos os dias, artesanalmente, e também com o coração aberto para venha o dom de Deus.”

Na Jordânia, Francisco se declarou “impressionado” com a generosidade da população, que acolhe milhares de refugiados em seu território. “Que Deus abençoe este povo acolhedor”, disse o Papa, pedindo que a comunidade internacional ajude o país neste trabalho de acolhimento.

Ainda sobre o tema da paz, o Pontífice recordou o convite feito aos Presidentes de Israel e da Palestina, “homens de paz e artífices da paz”, a virem ao Vaticano para rezarem pela paz.

Por favor, peço a vocês que não nos deixem só. Rezem muito para que o Senhor nos dê a paz naquela terra abençoada. Conto com a oração de vocês, forte, rezem muito para que reine a paz.
Por fim, Francisco afirmou que sua viagem foi também a ocasião para confirmar na fé as comunidades cristãs que tanto sofrem, e expressar a gratidão de toda a Igreja pela presença deles naquela região e em todo o Oriente Médio.

Com esta visita, quis levar uma palavra de esperança; mas também eu a recebi; recebi-a de irmãos e irmãs que continuam a «esperar contra toda a esperança», por meio de tantos sofrimentos, como os que fugiram de próprio país por causa de conflitos, ou que discriminados e desprezados por causa da sua fé em Cristo. Rezemos por eles e pela paz na Terra Santa e em todo o Oriente Médio. A oração de toda a Igreja ampare também o caminho rumo à plena unidade entre os cristãos, para que o mundo creia no amor de Deus que em Jesus Cristo veio habitar entre nós.
Com a multidão, o Papa rezou um Ave-Maria para pedir a intercessão de Nossa Senhora, “rainha da paz, da unidade, mãe de todos os cristãos, para que dê a paz a todo o mundo e que Ela nos acompanhe neste caminho da unidade”.

Na Praça S. Pedro, havia mais de 50 mil pessoas. Entre elas, inúmeros brasileiros que assim foram saudados pelo Papa Francisco:

De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular dos grupos da Academia Paulista de Magistrados e do Instituto São Boaventura bem como os fiéis de Brasília, Campinas e Rolândia, encorajando-vos a ser por todo o lado testemunhas de esperança e caridade. E, se alguma vez a vida fizer desencadear turbulências espirituais na vossa alma, ide procurar refúgio sob o manto da Santa Mãe de Deus; somente lá encontrareis paz. Sobre vós, vossas famílias e paróquias desça a Bênção do Senhor!


Fonte do site da Rádio Vaticano


terça-feira, 27 de maio de 2014

Hoje é dia do encontro do Terço dos Homens





No avião, Papa ressalta momentos marcantes da viagem à Terra Santa



No avião que o trouxe de volta ao Vaticano, o Papa Francisco conversou - durante quase uma hora - com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. Os temas tratados foram muitos: dos momentos mais marcantes da viagem ao celibato dos sacerdotes, passando por escândalos financeiros e a hipótese de uma renúncia a exemplo de Bento XVI. Confira alguns pontos:

Os gestos na Terra Santa e o encontro Peres e Abu Mazen
“Os gestos mais autênticos são os que não se pensam, mas os que acontecem. Algumas coisas, por exemplo, o convite aos dois presidentes à oração, isto estava sendo pensado, mas havia muitos problemas logísticos, muitos, porque é preciso levar em consideração o território onde se realiza, e não é fácil. Isso já se programava, uma reunião, mas no fim saiu o que espero que seja bom. Será um encontro de oração, não para fazer mediação.”

Relação com os ortodoxos
“Com Bartolomeu falamos de unidade, que se faz em caminho, jamais poderemos fazer a unidade num congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’. Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu na semana que vem. O meu, ao invés, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho conjunto sobre este problema.”

Abusos contra menores
“Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo. É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a uma problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero.”

Celibato dos padres
“Há padres católicos casados, nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”

Eventual renúncia
“Eu farei o que o Senhor me dirá de fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”

Outros temas
Francisco falou ainda da alegada investigação sobre um desvio de 15 milhões de euros dos fundos do Instituto para as Obras de Religião, em que estaria envolvido o antigo Secretário de Estado do Vaticano.

“A questão desses 15 milhões está ainda em estudo, não é claro o que aconteceu”, adiantou.

O Papa disse que quer “honestidade e transparência” na administração financeira do Vaticano e que a nova Secretaria para a Economia, dirigida pelo Cardeal Pell, vai “levar por diante as reformas que foram sugeridas” por várias comissões para evitar “escândalos e problemas”. Nesse sentido, recordou que cerca de 1,6 mil contas foram fechadas no IOR nos últimos tempos.

Francisco confirmou que, além da viagem à Coreia do Sul em agosto, voltará à Ásia em janeiro de 2015, para visitar o Sri Lanka e as regiões afetadas pelo tufão nas Filipinas. O Papa mostrou-se preocupado com a falta de liberdade religiosa neste continente, falando num número de “mártires” cristãos que supera os dos primeiros tempos da Igreja.

O Papa não quis comentar os resultados das eleições europeias, mas lembrou as críticas que deixou na exortação apostólica Evangelii Gaudium a um sistema econômico “desumano”, que “mata”.

Já sobre a beatificação de Pio XII, pontífice durante a II Guerra Mundial, Francisco disse ter sido informado de que ainda não há o milagre reconhecido para que a causa avance.


Fonte do site da Rádio Vaticano


segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Papa reza diante do Muro das Lamentações e deposita um bilhete com a oração do Pai-Nosso



O segundo momento das atividades do Papa, na manhã desta segunda-feira, foi a sua visita ao Muro Ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, resto ainda existente das ruínas do antigo Templo de Jerusalém, construído por Salomão e reedificado por Herodes. Hoje, este é um lugar central de culto do judaísmo.

Ali, como fazem todos os fiéis que se aproximam do Muro, o Bispo de Roma também depositou seu bilhete, escrito de próprio punho, com a oração do Pai-Nosso, em espanhol, como lhe foi ensinado por sua mãe. Depois, apoiando a mão direita no Muro das Lamentações, o Papa se deteve em oração, por alguns momentos. A seguir, assinou o Livro de Honra, deixando a seguinte mensagem: “Com sentimentos de alegria, para com meus irmãos mais velhos, vim aqui para pedir ao Senhor o dom da paz”.

Depois, o Pontífice visitou o Mausoléu de Theodor Herzl, fundador do Movimento Sionista, em 1897. Ali, no cemitério nacional de Israel, depositou uma coroa de flores, um gesto que, segundo a tradição, é feito durante as visitas oficiais.

A seguir, o Bispo de Roma visitou o vizinho Memorial de Yad Vashem, o Monumento do Holocausto, que contém algumas urnas, com cinzas de vítimas de vários campos de extermínio. Tendo depositado também ali uma coroa de flores, na presença de alguns sobreviventes da perseguição nazista, o Papa fez um breve pronunciamento.

Neste lugar, memorial da Shoah, disse o Papa, ouvimos ressoar a pergunta de Deus: «Adão, onde você está?». Nesta pergunta, notamos a dor de um pai que perde o filho. O pai conhecia o risco da liberdade; sabia que o filho podia ter-se perdido, mas, talvez, nem mesmo o pai podia imaginar tal queda, tal abismo!

Aquele grito «onde você está?» ressoa aqui, disse o Pontífice, diante deste memorial da tragédia incomensurável do Holocausto, como uma voz que se perde em um abismo sem fim: “Homem, quem é você? Não o reconheço mais. O que você fez? De quais horrores você foi capaz? Por que você caiu tão embaixo?

Este abismo não pode ser somente obra das suas mãos, do seu coração... E, referindo-se ainda ao homem, o Papa perguntou: “Quem o corrompeu? Quem o desfigurou? Você torturou e assassinou seus irmãos! Por isso, hoje, voltamos a ouvir a voz de Deus: «Adão, onde você está?»

Dito isso, o Santo Padre invocou o perdão de Deus: “Tende piedade de nós, Senhor! Escutai a nossa oração e a nossa súplica. Salvai-nos pela vossa misericórdia. Salvai-nos desta monstruosidade! Pecamos contra vós!”. E concluiu:

Lembrai-vos de nós na vossa misericórdia. Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de cometer; de nos envergonharmos desta máxima idolatria; de termos desprezado e destruído a nossa carne, aquela que vós formastes e vivificastes com o vosso sopro de vida. Nunca mais, Senhor! Nunca mais!

Depois da visita ao Memorial do Holocausto, o Bispo de Roma visitou o “Centro Hechal Shlomo”, sede do Grão-Rabinado de Israel, situado ao lado da Grande Sinagoga de Jerusalém.



Fonte do site da Rádio Vaticano

domingo, 25 de maio de 2014

Reflexão para o VI domingo de Páscoa


 No Evangelho de hoje 25, tirado do capítulo 14 de João, temos as derradeiras palavras de Jesus aos seus discípulos. Ele nos aponta o comportamento a ser seguido, o caminho que nos leva a vida. Ele nos coloca sob a tutela do Espirito do Amor, nosso Advogado e que nos trará ao coração tudo aquilo que Ele nos ensinou.

Agir de acordo com o que agrada ao amigo é estar em verdadeira comunhão com ele! Isso se torna realidade quando esse amigo é o Cristo Jesus!

O critério para saber se os cristãos são verdadeiros discípulos de Jesus é a capacidade de um recíproco compromisso pessoal, um indispensável amor mútuo na comunidade e fora dela.

Quando o discípulo ama verdadeiramente, ele faz Deus estar presente. Todo e qualquer sinal de amor é manifestação de Deus.
Temos, como as estrelas, variações na intensidade do brilho. Do mesmo modo, quanto mais nosso amor aos outros for semelhante ao de Deus por nós, mais seremos portadores de seu amor ao mundo. Seremos a epifania de Deus neste mundo.
Na antiga aliança, vemos Deus se manifestar em sinais, hoje, na aliança nova e eterna, o Pai se manifesta ao mundo no cristão que ama Jesus e, por consequência, ama seus irmãos.

Para manifestar o amor de Deus no mundo, para ser sinal de sua presença amorosa, o cristão deverá estar preparado para lutar contra o mal. Essa preparação é feita através da acolhida do Espírito Santo. Será Ele quem dará aos discípulos a força para enfrentar e vencer o Mal. O Mundo verá que o amor de Deus e da Comunidade é mais forte que a morte.
De acordo com o versículo 19, “...o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e e vós vivereis.” A sociedade pecadora matou Jesus, mas ele ressuscitou e se manifesta através das ações de seus discípulos porque esses vivem no Espírito.

Na segunda leitura, tirada da Primeira Carta de Pedro, no cap.3, 18 nos ensina a norma do comportamento cristão: “...Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo , pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.” Do comportamento de Jesus, do justo morrer pelo injusto, nasceu a vida nova. Deus não sente prazer no sofrimento humano, contudo em sua economia da salvação sabe valorizá-lo. Dele, do sofrimento, nasce o desejo de liberdade e vida. Da aceitação da morte por causa da justiça e do Reino surge a vida definitiva, a passagem deste mundo caduco para o Reino da Justiça e da Paz!



Fonte do site da Rádio Vaticano


SITE DA ARQUIDIOCESE GANHARA NOVO LAYOUT E NOVO CONTEÚDO


Em poucos dias, quem acessar o www.arquidiocesedenatal.org.br vai encontrar um site com layout moderno e com novos conteúdos. Desde o início do ano, uma empresa que trabalha com a produção de páginas, na internet, vem desenvolvendo o layout do novo portal da Arquidiocese de Natal. A produção do conteúdo, assim como a atualização, depois do lançamento, ficam a cargo do Setor de Comunicação da Arquidiocese.

O lançamento acontecerá dia primeiro de junho, às 19 horas, na Catedral Metropolitana de Natal, por ocasião da missa em ação de graças pelo 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
No novo site, o internauta encontrará informações sobre a Arquidiocese de Natal, como a história, a relação do clero e das paróquias, o governo arquidiocesano, espaços de formação, liturgia diária, o santo do dia, mensagem do Arcebispo, notícias, o Jornal A Ordem (edição online) e fotografias dos principais eventos. Além disso, será postado, diariamente, o programa ‘A Voz do Pastor’, apresentado pelo arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, e levado ao ar por várias emissoras de rádio. No site, o internauta encontrará, ainda, vídeos sobre as ações realizadas na Arquidiocese. 

“Há mais de dez anos, a Arquidiocese de Natal possui uma página, na internet, sempre no mesmo endereço: www.arquidiocesedenatal.org.br. Esta será a terceira vez em que o espaço será modificado. As tecnologias avançam com rapidez e os espaços virtuais se modernizam constantemente. Por isso, é essencial que a Igreja também tenha um espaço online moderno e atraente para evangelizar”, destaca a jornalista Cacilda Medeiros, da equipe arquidiocesana do Setor de Comunicação.


Fonte:  Arquidiocese de Natal


Missa na Praça da Manjedoura: apelo em defesa das crianças



O momento alto das atividades do Papa, na manhã deste domingo, segundo dia da sua Viagem Apostólica à Terra Santa, foia celebração Eucarísitca na Praça da Manjedoura.

De fato, depois do encontro com as Autoridades Palestinas, no Palácio Presidencial de Belém, o Santo padre se deslocou, em papa-móvel, à Praça da Manjedoura, também conhecida como “Praça do Berço”, onde era aguardado por uma grande multidão de fiéis e, entre outros, pela Prefeita católica da cidade, Vera Baboun.

No caminho rumo a Belém, saindo do programa previsto, o Papa desceu do papamóvel e se aproximou do muro, construído para dividir Belém de Israel, onde encostou a cabeça e se deteve, por alguns minutos, em oração.

Ao chegar à Praça da Manjedoura, entre aplausos e gritos de “viva o Papa”, o Pontífice presidiu à celebração Eucarística, da qual participou, entre as muitas autoridades civis e religiosas, o Presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Em sua homilia, o Santo Padre partiu da citação evangélica: “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Comentando este versículo de Lucas (2,12), o Papa Francisco exclamou:

Que grande graça celebrar a Eucaristia neste lugar, onde Jesus nasceu! Agradeço a Deus e a vocês, que me acolhem nesta minha peregrinação; agradeço ao Presidente Mahmoud Abbas e demais autoridades, ao Patriarca Fouad Twal, os outros Bispos e Ordinários da Terra Santa, os sacerdotes, as pessoas consagradas e quantos trabalham por manter viva a fé, a esperança e a caridade nestes territórios; agradeço ainda as delegações de fiéis, vindas de Gaza e da Galileia, e os imigrantes da Ásia e da África. Obrigado a todos pela presença!

Após a sua saudação, o Bispo de Roma fez uma reflexão sobre o Menino Jesus, nascido em Belém, sinal enviado por Deus a quem esperava a salvação; ele permanece para sempre como sinal da ternura de Deus e da sua presença no mundo. E o Papa continuou:

Também hoje as crianças são um sinal: sinal de esperança, sinal de vida, mas, sobretudo, sinal de ‘diagnóstico’ para se compreender o estado de saúde de uma família, de uma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”.

Também para nós, homens e mulheres do século XXI, explicou o Pontífice, isto representa um sinal para procurar o Menino. O Menino de Belém é frágil, como todos os recém-nascidos. Não sabe falar! No entanto, ele é a Palavra que se fez carne e veio mudar o coração e a vida dos homens. Aquele Menino, como qualquer criança, é frágil e, como tal, precisa ser ajudado e protegido. Sobretudo, hoje, as crianças devem ser acolhidas e defendidas, desde o ventre materno.

Infelizmente, neste nosso mundo, que desenvolveu tecnologias tão sofisticadas, recordou o Papa, há tantas crianças que vivem em condições desumanas, à margem da sociedade, nas periferias das grandes cidades ou nas zonas rurais. Ainda hoje há tantas crianças exploradas, maltratadas, escravizadas, vítimas de violência e de tráficos ilícitos; há tantas crianças exiladas, refugiadas, por vezes afundadas anegadas nos mares, sobretudo no Mediterrâneo. Tudo isso deve causar-nos vergonha diante de Deus Menino.

Aqui, o Papa perguntou: “Quem somos nós diante do Menino Jesus? Quem somos nós diante das crianças de hoje? Somos como Maria e José, que acolheram Jesus e cuidaram dele, com amor maternal e paternal? Ou somos como Herodes, que o quis eliminar? Somos como os pastores, que o vieram adorar e trazer seus presentes? Ou ficamos indiferentes e nos limitamos a ser pessoas que exploram as crianças pobres para fins de lucro? Somos capazes de permanecer com elas, ouvi-las, defendê-las e rezar por elas e com elas?

Hoje, continuou o Santo Padre, tantas crianças choram, por fome, por frio, por doença, falta de remédio e de carinho. Neste mundo, onde se proclama a tutela dos menores, as armas acabam nas mãos de crianças-soldado; os menores se tornam trabalhadores e escravos. Quantas Raquéis de hoje choram por seus filhos, e não querem ser consoladas. Este pranto não nos interpela?

O Papa Francisco concluiu sua homilia exortando os fiéis a refletirem sobre esta frase evangélica: “Isto vos servirá de sinal”. Desta profunda reflexão, pode brotar um novo estilo de vida, onde as relações deixam de ser de conflito, opressão ou consumismo, para se tornar relações de fraternidade, de perdão, de reconciliação, de partilha e de amor.


Fonte do site da Rádio Vaticano

sábado, 24 de maio de 2014

Na Jordânia, Francisco pede solução "urgente" para conflitos na região



Paz, diálogo e liberdade religiosa: estes foram os principais temas tratados por Francisco em seu primeiro discurso na Terra Santa, no Palácio Real de Amã.

A Jordânia foi a porta de entrada para Francisco nesta peregrinação. A cerimônia de boas-vindas não se realizou no aeroporto, mas no Palácio Real, onde o Pontífice foi acolhido pelo Rei Abdallah II Hussein e pela Rainha da Jordânia, Rania. Quando Paulo VI visitou o país, em 1964, seu anfitrião foi o pai de Abdallah II. O atual monarca, no trono desde 1999, deu as boas-vindas a João Paulo II em 2000 e a Bento XVI em 2009, e já foi recebido duas vezes por Francisco no Vaticano (agosto 2013 e abril de 2014).

Após as execuções dos hinos dos dois Estados, houve o encontro privado, com a família, a troca de presentes e a apresentação das delegações. Mas foi com as autoridades jordanianas que Francisco fez seu primeiro pronunciamento na Terra Santa.

O Papa escolheu a língua italiana para se comunicar com os médio-orientais, pois quer ter a possibilidade de improvisar em seus discursos e homilias.

Francisco definiu a Jordânia uma “terra rica de história e de grande significado religioso para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo”. De modo especial, o Pontífice destacou o acolhimento “generoso” a um grande número de refugiados palestinos, iraquianos e sírios – vítimas de um “conflito que já dura há muito tempo”.

“Este acolhimento merece a estima e o apoio da comunidade internacional”, afirmou o Papa, garantindo o empenho da Igreja Católica na assistência aos refugiados e a quem vive em necessidade, sobretudo através da Cáritas Jordaniana.

A seguir, Francisco constatou a persistência de “fortes tensões na área médio-oriental”, agradecendo às autoridades do Reino Hachemita pelo compromisso na busca da paz. Para este objetivo, adverte o Papa, “torna-se imensamente necessária e urgente uma solução pacífica para a crise síria, bem como uma solução justa para o conflito israelense-palestino”.

Quanto ao diálogo inter-religioso, mais uma vez o Papa expressou sua gratidão à Jordânia por ter incentivado uma série de importantes iniciativas para promover a compreensão entre judeus, cristãos e muçulmanos. “Aproveito esta oportunidade para renovar o meu profundo respeito e a minha estima à comunidade muçulmana e manifestar o meu apreço pela função de guia desempenhada pelo Rei na promoção duma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islã e da serena convivência entre os fiéis das diferentes religiões.”

Aos cristãos, o Papa agradece principalmente pelo trabalho no campo da educação e da saúde, ressaltando que na Jordânia eles podem professar com tranquilidade a sua fé. A liberdade religiosa, recordou Francisco, é um direito humano fundamental, fazendo votos de que o mesmo seja tido em “grande” consideração em todo o Oriente Médio e no mundo inteiro.

“Os cristãos sentem-se e são cidadãos de pleno direito e pretendem contribuir para a construção da sociedade, juntamente com os seus compatriotas muçulmanos, oferecendo a sua específica contribuição.”

Por fim, o Pontífice saúda o Reino da Jordânia e seu povo, “com a esperança de que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos”.


Fonte do site da Rádio Vaticano

"Para que sejam um": Francisco na Terra Santa



 “Para que sejam um”: sob o signo da unidade, teve início na manhã deste sábado a peregrinação de Francisco à Terra Santa – a primeira viagem fora da Itália decidida por ele desde o início do seu pontificado (a participação na JMJ do Rio de Janeiro, em julho de 2013, já havia sido marcada por seu antecessor, Bento XVI).

O avião com o Pontífice e sua comitiva decolou do aeroporto romano de Fiumicino no horário previsto, às 8h15 locais. Francisco embarcou carregando sua maleta preta, depois de saudar as autoridades presentes. Até a capital jordaniana, o Papa percorreu 2.365 km em três horas e 45 minutos.

No aeroporto internacional da cidade, Francisco foi acolhido pelo Núncio Apostólico e pelo representante do Rei Abdallah II Hussein, o Príncipe Muhammed. Duas crianças entregaram ao Pontífice dois buquês de íris preta - símbolo do Reino Hachemita.

Amã, Belém e Jerusalém: três dias, três cidades escolhidas com duas motivações principais. A primeira, recordar os 50 anos do abraço entre Paulo VI e Atenágoras, e assim dar um novo impulso ao diálogo ecumênico. A segunda, reforçar o apelo à paz no Oriente Médio.

A primeira etapa da viagem de Francisco à Terra Santa, em Amã, prevê quatro eventos.

Desde a sua chegada à Jordânia, às 13h locais, até o jantar na Nunciatura Apostólica, às 20h55, não está previsto qualquer repouso por decisão do próprio Papa. Aliás, os três dias de viagem serão marcados por esse ritmo intenso, sem descanso entre um compromisso e outro.

Após a cerimônia de boas-vindas no Palácio Real, o Pontífice se dirige ao estádio internacional de Amã, para presidir à Santa Missa.

Está prevista a presença de numerosos refugiados cristãos provenientes da Palestina, da Síria e do Iraque. Durante a celebração, cerca de 1.400 crianças recebem a Primeira Comunhão.

Do estádio, Francisco se dirige para o local do batismo de Jesus, às margens do rio Jordão, para um momento de oração silenciosa e o rito da bênção das águas.

Ali mesmo, na igreja latina ainda em construção, o Papa encontra cerca de 600 refugiados e jovens com deficiência, aos quais faz seu terceiro pronunciamento desta viagem.

O dia se encerra com o jantar na Nunciatura Apostólica.

Para explicar as etapas mais significativas em Amã, a Rádio Vaticano contatou o Pe. Antonio Xavier, estudante de Ciências Bíblicas em Jerusalém e que mora em Belém.


Fonte do site da Rádio Vaticano

quinta-feira, 22 de maio de 2014

NOTA DE ESCLARECIMENTOS


“Guardai vos dos falsos profetas. 
Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, 
mas por dentro são lobos arrebatadores.
Movidos por cobiça, elesvos hão de 
explorar por palavras cheias de
astúcia”. (Mt.7,15; 2Pe.2,3)
 
A Arquidiocese de Natal, por seu representante legal e canônico, 
Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha,
a fim dedirimir dúvidas suscitadas por fiéis, e em louvor aos 
princípios da Liberdade deConsciência, da Boa Fé, 
do respeito à diversidade de religião e crença, e àpluralidade de Igrejas, 
admoesta os fiéis católicos e cristãos em geral,
bem como a todos de boa vontade, que o Sr. JOSENILDO CARDOSO 
não faz parte da Comunidade de Seminaristas do Seminário de São Pedro,
e muito menos dos candidatos selecionados para receber o Sacramento da
Ordem, seja como Diácono,seja como presbítero vinculado ao Clero desta
Arquidiocese de Natal. Adverte, ainda, que os Livros de Rituais dos Sacramentos,
próprios da Igreja Católica, são de uso exclusivo dos Ministros 
Ordenados segundo as normas da Sé Apostólica. 
Aqueles que os utilizarem e administrarem indevidamente algum dos 
Sacramentos da Igreja Católica, estão usurpando de cargos eclesiásticos 
e, por consequência, cometendo delitos graves em seu exercício, previstos
nos cân. 1.379 e seguintes, do Código de Direito Canônico, contra a Boa Fé
do Povo de Deus e da Sociedade em geral.
 
Por fim, previne a todos que a prática da simonia atenta contra a fé e a religião.
Àquela manifesta uso indevido de símbolos religiosos, como também por
abuso econômico e financeiro imposto aos fiéis visando angariar recursos
materiais listados (enxoval) como necessários à ordenação e ao exercício
dos ministérios sagrados. Aqueles que assim agem incorrem num verdadeiro
estelion ato contra os fiéis e pessoas de boa vontade, por se utilizarem
de instrumentos nocivos às boas práticas da solidariedade, da 
corresponsabilidade e da caridade pastoral, a favor de interesses
individuais e com consequências nefastas sobre a boa fé dos cristãos 
e da sociedade.
 
 
Natal - RN., 21 de maio de 2014.
DOM JAIME VIEIRA ROCHA
Arcebispo Metropolitano de Natal
 
 
Fonte: Arquidiocese de Natal

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Criação: o maior presente de Deus para o homem, afirma o Papa na Audiência Geral



Mais de 70 mil pessoas participaram da Audiência Geral esta manhã com o Papa Francisco.

O Pontífice fez seu ingresso na Praça S. Pedro a bordo do seu jipe aberto, percorrendo-a para saudar os fiéis que, entusiastas, acenam para o Santo Padre.

Em sua catequese, Francisco prosseguiu sua série sobre os sete dons do Espírito Santo falando desta vez sobre a ciência.

Quando se fala em ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o circunda e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. Todavia, a ciência que vem do Espírito Santo não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura”, explicou o Papa.

Desse modo, a ciência nos ajuda a não cair no risco de nos considerarmos senhores da criação: ela nos foi entregue por Deus para que cuidemos dela e a utilizemos para benefício de todos, com respeito e gratidão.

O dom da ciência nos ajuda ainda a olhar as pessoas e as realidades que nos circundam sem as absolutizar, mas sabendo reconhecer os seus limites e a sua orientação para Deus. Tudo isto é motivo de serenidade e de paz, fazendo de nós Suas jubilosas testemunhas.

Quando criou o homem, Deus viu que se tratava de algo “muito bom”. Aos olhos do Senhor, somos a coisa mais bela da criação, estando até mesmo acima dos anjos.

Somos superiores aos anjos, como diz o Salmo 8”, afirmou o Papa, pedindo que agradeçamos ao Senhor por esta predileção.

Predileção que, todavia, implica responsabilidade. O Papa insistiu de modo especial sobre “este presente de Deus para o homem”, que é proteger a natureza.

“Mas quando nós a exploramos, destruímos o sinal de amor de Deus. Destruir a criação é dizer a Deus: “Não gosto da natureza”, reafirmando o amor por nós mesmos. “Eis o pecado”, advertiu o Papa. Cuidar da criação é cuidar do dom de Deus e é agradecer a Ele por ter recebido esta incumbência.

Esta deve ser a nossa atitude em relação à natureza: protegê-la, caso contrário, a natureza nos destruirá. Não nos esqueçamos disso.

Francisco recordou um episódio que viveu no meio rural com um senhor simples, que plantava flores.

Este senhor disse que era preciso proteger as coisas belas que Deus nos deu. Pois Ele perdoa sempre; os homens, “de vez em quando”; mas a natureza, nunca. E se não protegermos a criação, ela nos destruirá. Devemos refletir sobre isso e pedir ao Espírito Santo o dom da ciência para entender bem que a criação é o presente mais belo de Deus, o presente para a melhor das criaturas que Ele criou, que é a pessoa humana.

Após a catequese, Francisco saudou os vários grupos de peregrinos presentes na Praça. Aos de língua portuguesa, disse:

“Saúdo os brasileiros vindos de Pouso Alegre, Campo Limpo e São Paulo e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino, os vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”


Fonte do site da Rádio Vaticano


"Pedro e André se encontrarão novamente": Papa pede orações por sua viagem à Terra Santa



Uma viagem “estritamente” religiosa: assim Francisco definiu a peregrinação que realizará de 24 a 26 de maio à Terra Santa.

Ao final da Audiência Geral esta quarta-feira, na Praça S. Pedro, o Papa pediu orações aos fiéis, explicando as duas motivações desta viagem:

“Sábado próximo, iniciarei a viagem à Terra Santa, a terra de Jesus. Será uma viagem estritamente religiosa. Primeiro, para encontrar o meu irmão Bartolomeu I por ocasião dos 50 anos do encontro de Paulo VI com Atenágoras I. Pedro e André se encontrarão novamente e isso é muito belo. O segundo motivo é rezar pela paz naquela terra que sofre tanto. Peço a vocês que rezem por esta viagem.”

A primeira etapa da viagem, que tem início no sábado, será a capital da Jordânia, Amã, onde está prevista a Santa Missa no estádio da cidade e o encontro com refugiados e deficientes às margens do rio Jordão.

A segunda etapa, no domingo, será em Belém e Jerusalém. Em território palestino, o programa será intenso. Francisco celebrará a Santa Missa na Praça da Manjedoura, almoçará com famílias palestinas no convento franciscano, visitará a gruta da natividade e saudará crianças num campo de refugiados.

O ápice da visita será em Jerusalém, pois como o próprio Pontífice explicou, se realizará o encontro entre “Pedro e André” no Santo Sepulcro.

Na segunda-feira, o Papa visitará a Esplanada das Mesquitas, o Muro das Lamentações e a visita ao memorial de Yad Vashem.

Haverá ainda audiências com as autoridades dos três Estados, encontros com o clero local e visitas privadas. No total, o Papa proferirá 13 discursos, mais a alocução do Regina Coeli.

A Rádio Vaticano acompanhará a peregrinação do Pontífice com enviados em várias línguas, mas nenhum de língua portuguesa. Entretanto, o Programa Brasileiro transmitirá ao vivo os principais eventos. Confira a programação na nossa página.

Fonte do site da Rádio Vaticano


terça-feira, 20 de maio de 2014

Francisco: "Dinheiro, poder e vaidade não dão a paz que nos dá o Espírito Santo"



Como todas as manhãs, o Papa presidiu uma missa na capela da Casa Santa Marta, da qual participaram algumas dezenas de pessoas.

“Quem acolhe o Espírito Santo no coração terá uma paz sólida e sem fim; ao contrário daqueles que optam por confiar de modo ‘superficial’ na tranquilidade oferecida pelo dinheiro e o poder”. Este foi ensinamento proposto por Francisco em sua homilia. “A paz das coisas e a paz da Pessoa, do Espírito Santo: a primeira corre sempre o risco de desaparecer (hoje você é rico e amanhã, não); e a segunda é definitiva, ninguém pode te tirar”, completou o Papa.

Ele começou pelo Evangelho de João, pela leitura do dia: Jesus está para enfrentar a Paixão, mas antes, anuncia aos discípulos: “Eu vos dou a minha paz”. Esta paz é completamente diferente da “paz que o mundo nos dá, que oferece tranquilidade, até certa alegria, mas só até certo ponto”, disse, citando o exemplo:

Eu estou em paz porque tenho já tudo preparado para viver a vida inteira... não tenho que me preocupar”. Esta é a paz que nos dá o mundo. “Não terei problemas porque tenho dinheiro”. Esta é a paz da riqueza. Mas Jesus nos diz para não confiarmos nesta paz e adverte: “Os ladrões existem, e podem roubar sua riqueza!”. A paz do dinheiro não é definitiva. “Os metais enferrujam, a Bolsa de Valores pode cair e você perde todo o dinheiro! Esta não é uma paz segura: é superficial, temporária”.

Avaliando outros tipos de paz mundana, Francisco citou a ‘do poder’, que – disse – também não funciona: um golpe de Estado e você a perde; e a ‘da vaidade’, que o Papa definiu como uma “paz de conjuntura: “Hoje você é respeitado e amanhã, insultado”, assim como Jesus entre Domingo de Ramos e Sexta-feira Santa. “Totalmente diferente é a paz que nos doa Jesus”, assegurou:

A paz de Jesus é uma Pessoa, é o Espírito Santo! No dia da Ressurreição ele vai ao cenáculo e diz “A paz esteja convosco, recebam o Espírito Santo”. Esta é a paz de Jesus; é uma Pessoa, um presente grande. E quando o Espírito está em nosso coração, ninguém pode nos tirar a paz, ninguém!”. “Temos que mantê-la!, é uma paz grande, definitiva; é uma paz que nos foi doada por uma Pessoa, uma Pessoa que está dentro do nosso coração e nos acompanha toda a vida. Foi a paz que o Senhor nos deu”.

O Papa explicou que “nós recebemos esta paz com o Batismo e com a Crisma, mas principalmente, devemos recebê-la como uma criança, que ganha um presente, sem condições, de coração aberto”.

Se vocês têm esta paz do Espírito, se têm o Espírito dentro de vocês e sabem disso, não deixem seu coração se intimidar. Estejam certos! Paulo dizia que para entrar no Reino dos céus é preciso passar por muitas tribulações, mas todos nós, temos tantas, pequenas, grandes...! ‘Não se perturbe nem deixe que se intimide seu coração’... e esta é a paz de Jesus. A presença do Espírito faz que o nosso coração esteja em paz, não anestesiado, mas em paz, com a paz que somente a presença de Deus nos dá”.


Fonte do site da Rádio Vaticano


domingo, 18 de maio de 2014

Encontro do VII zonal em Parazinho

A Área Pastoral de Nossa Senhora de Nazaré recebeu na manhã deste sábado (17 de maio) dois encontros pastorais envolvendo a Pastoral do Dízimo e o 7º zonal, ambos aconteceram simultaneamente.

No salão pastoral da comunidade foi realizado o encontro de formação com a Pastoral do Dízimo da Área Pastoral, o mesmo faz parte do calendário de visitas da Coordenação Arquidiocesana do Dízimo as paróquias. Participaram da reunião coordenadores e agentes da pastoral.

Já na Câmara Municipal de Vereadores foi realizado o encontro mensal do 7º zonal, o segundo encontro foi destinado aos padres, articuladores pastorais e outros membros do clero. A pauta da reunião abordou assuntos de suma importância para as paróquias que compõem o 7ª zonal; além de discutir e articular ações a serem realizadas pelas então paróquias.


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Fotos: Pascom de Parazinho






Papa: as fofocas, as invejas e os ciúmes não levam à harmonia e à paz



“As fofocas, as invejas e os ciúmes” na Igreja, “não nos levam à concórdia, à harmonia e à paz”: foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu a Oração mariana do Regina Coeli, dizendo que o descontentamento e as lamentações que existem também “nas nossas paróquias” se resolvem “confrontando-se, discutindo, rezando”.

Falando a cerca de 50 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro numa manhã de sol o Papa Francisco iniciou recordando que a Leitura dos Atos dos Apóstolos deste domingo nos mostra que também na Igreja primitiva emergiram as primeiras tensões e primeiras dissensões.

“Na vida, os conflitos existem, o problema é como enfrentá-los. Até aquele momento a unidade da comunidade cristã era favorecida pela pertença a uma única etnia e cultura, a judaica. Mas, quando o Cristianismo, que por vontade de Jesus é destinado a todos os povos, se abre ao âmbito cultural grego, essa homogeneidade é perdida e surgem as primeiras dificuldades”.
Há ventos de descontentamento – continuou o Papa - há queixas, correm vozes de favoritismo e de tratamento desigual. As ajudas da comunidade às pessoas carentes - viúvas, órfãos e pobres em geral - parecem favorecer os cristãos de origem judaica em relação aos outros.

Então os Apóstolos tomam a situação em mãos: convocam uma reunião alargada também aos discípulos, discutem juntos a questão:

“Os problemas, de fato, não se resolvem fazendo de conta que não existem! E é bonito esse confronto contundente entre os pastores e os outros fiéis. Chega-se, assim, a uma divisão do trabalho. Os Apóstolos fazem uma proposta que é aceita por todos: eles vão se dedicar à oração e ao ministério da Palavra, enquanto sete homens, os diáconos, irão prover os serviços nos refeitórios para os pobres”.
Estes sete - disse Francisco - não são escolhidos porque são especialistas em negócios, mas sim como homens honestos e de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria; e são constituídos em seu serviço através da imposição das mãos pelos Apóstolos.

E o Papa destacou que também hoje existem esses problemas e devem ser resolvidos:

“Os problemas na Igreja se resolvem confrontando-se, discutindo e rezando, com a certeza de que as fofocas, as invejas e os ciúmes não poderão jamais nos levar à concórdia, à harmonia, e à paz. Quando deixamos ao Espírito Santo a guia ele nos leva à harmonia à unidade e ao respeito dos diversos dons e talentos. Nada de fofocas, nada de invejas, e nada de ciúmes. Vocês entenderam bem?” Perguntou o Papa.

Francisco concluiu pedindo à Virgem Maria que nos ajude a sermos dóceis ao Espírito Santo, para que saibamos nos estimar entre nós e nos unamos sempre mais na fé e na caridade, mantendo o coração aberto às necessidades dos irmãos


Fonte: do site da Rádio Vaticano


Francisco reza pelas vítimas de inundações nos Bálcãs



Após a oração do Regina Coeli deste domingo, o Papa Francisco dirigiu o seu pensamento às vítimas das graves inundações que devastaram amplas áreas dos Bálcãs, sobretudo na Sérvia e Bósnia.

“Enquanto confio ao Senhor as vítimas dessas calamidades, exprimo a minha pessoal proximidade a todos aqueles que estão vivendo horas de angústia e de tribulação”.
Em seguida o Papa pediu a todos os fiéis que rezassem juntos por esses nossos irmãos e irmãs que se encontram em dificuldade... O Papa rezou com os fiéis a oração da Ave Maria.

Depois de saudar vários grupos de fiéis presentes o Santo Padre encorajou as associções de voluntariado vindos a Roma para o Dia do enfermo oncológico: “Rezo por vocês, pelos enfermos e pelas famílias. E vocês – concluiu – rezem por mim!.

Informações das agências de notícias sobre a Sérvia e a Bósnia relatam que grande parte desses países seguem sob a água após cinco dias de chuva, que deixaram pelo menos 30 vítimas mortais e milhares de pessoas evacuadas. Na Sérvia, a principal preocupação das autoridades é a cidade de Obrenovac, que está completamente tomada pelas águas do rio Kolubara, que transbordou. Até agora foram evacuados quatro mil dos 80 mil moradores da cidade, informa a agência de notícias sérvia "Tanjug".

Desde quinta-feira passada, morreram na Sérvia pelo menos cinco pessoas por causa das inundações, embora os serviços de proteção civil estimem que o número exato só será conhecido uma vez que as águas tenham baixado. Predrag Maric, Chefe do denominado 'quartel de emergências' da Sérvia, qualificou as inundações como "uma catástrofe jamais vista" neste país balcânico. Em toda a Sérvia, foram evacuadas até agora aproximadamente 15,5 mil pessoas.

Entretanto, pelo menos dez pessoas perderam a vida até agora na Bósnia, informaram as autoridades locais desse país. A situação neste momento parece mais crítica em Bijeljina, no nordeste, onde cerca de 5 mil casas e edifícios estão inundados. Enquanto isso, nos arredores da cidade de Maglaj, mais ao sudoeste, vive-se uma situação crítica desde quinta-feira. As previsões meteorológicas falam de chuvas que perdem a intensidade durante este fim de semana, o que fará com que baixe o nível de água dos rios.


  Fonte: site da Rádio Vaticano


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Arcebispo de Natal participará de ‘Romaria do Povo’

Famílias e proprietários de terras de Barra de Santana, em Jucurutu, e dos municípios de São Fernando e Jardim de Piranhas realizarão uma Romaria no entorno das obras Barragem Oiticica, neste sábado, 17, às 5 horas da manhã, em mais uma ação da luta pela preservação dos direitos e justiça nas indenizações das propriedades que serão cobertas pelas águas da Barragem. A Romaria sairá da Igreja de Santana, na Comunidade de Barra de Santana, passará pelo cemitério da comunidade, pelo eixo da parede, Alto do Paiol e canteiro de obras.
O ato contará com a presença do Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; do Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana; do Administrador Diocesano de Caicó, Pe. Ivanoff da Costa Pereira, e do pároco de Jucurutu, Pe. Erivan Primo. Também confirmaram presença representantes de movimentos sociais, entre os quais o MST, a CUT, a FETRAF, FETARN e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.
A Romaria terá quatro paradas e em cada uma delas haverá breve reflexão sobre diversos temas. A Romaria sairá da Igreja, onde haverá um resgate da história da comunidade; passará pelo cemitério, onde será feito um resgate da memória do povo do lugar; pelo eixo da parede, onde serão lembradas as riquezas da comunidade e a ratificação de que todos querem a barragem, porém com a indenização justa pelos bens que possuem na área; pelo Alto do Paiol, onde se falará sobre o futuro da comunidade, como a terra prometida; e termina no canteiro de obras, lugar que representa a organização da comunidade, povo de Deus, que luta pelos direitos e pela justa indenização dos imóveis de cada um dos atingidos.
Outro foco da luta do povo de Barra de Santana e da área atingida pela Barragem surge em forma de pergunta: “quem está prendendo o dinheiro da obra e das indenizações”? A pergunta levanta a possibilidade de haver interesses políticos por traz da não liberação dos recursos para o pagamento das indenizações.
Os recursos para a construção da Barragem e para as indenizações foram garantidos pelos Governos Federal e Estadual, na seguinte proporção: do Governo Federal, 93,89% do total dos recursos da obra, orçada em R$ 311 milhões de reais; e, do Governo Estadual, 6,11% do total dos recursos. Até agora há informações de que já foram investidos R$ 27 milhões de reais na construção da Barragem, mas o Governo do Estado não pagou nenhuma das indenizações, o que se constitui em desrespeito aos preceitos da Constituição Brasileira. Em obras dessa natureza, a Constituição determina que as indenizações serão feitas antes do início das obras físicas. “A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição” (cf. art. 5º, inciso XXIV).
Foto: José Bezerra
Dom Mariano, Dom Jaime e Pe. Ivanoff participarão da Romaria


Fonte: Arquidiocese de Natal.

 

Papa: rezar, celebrar e imitar Jesus para conhecê-Lo

  Para conhecer Jesus, não basta estudar, mas rezar e imitá-Lo: palavras do Papa Francisco na Missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta.
Comentando a afirmação de Jesus “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Francisco observou que o “conhecimento de Jesus é o trabalho mais importante da nossa vida”.
Para isso, o estudo é sim importante, mas não suficiente. “Algumas pessoas, afirmou ele, acreditam que somente as ideias nos levarão ao conhecimento de Jesus. Inclusive entre os primeiros cristãos se pensava assim. Mas, no final, ficam presos em seus pensamentos:
As ideias por si só não dão vida e quem percorre o caminho somente das ideais acaba num labirinto e não sai mais! É por isso que, desde o início da Igreja, existem as heresias. As heresias são isto: tentar entender quem é Jesus somente com a nossa mente e a nossa luz. Um grande escritor inglês dizia que a heresia é uma ideia que enlouqueceu. É assim. Quando as ideais estão sós, enlouquecem… Este não é o caminho!

Para conhecer Jesus – afirmou o Papa – é preciso abrir três portas:
Primeira porta: rezar a Jesus. O estudo sem oração não serve. Rezar a Jesus para conhecê-Lo melhor. Os grandes teólogos fazem teologia de joelhos. E com o estudo, com a oração, nos aproximamos um pouco.... Mas sem oração jamais conheceremos Jesus. Jamais! Segunda porta: celebrar Jesus. Não basta a oração, mas também a alegria da celebração. Celebrar Jesus nos seus Sacramentos, porque ali nos dá a vida, a força, o alimento, o conforto, a aliança e a missão. Sem a celebração dos Sacramentos, não conseguiremos conhecer Jesus. Isso é próprio da Igreja: a celebração. Terceira porta: imitá-Lo. Pegar o Evangelho: o que Ele fez, como era a sua vida, o que nos disse, o que nos ensinou e tentar imitá-Lo.

Entrar por essas três portas – disse ainda Francisco –, significa “entrar no mistério de Jesus”. Somente se formos capazes de entrar no seu mistério poderemos conhecer Jesus, “sem medo”:
Podemos hoje, durante o dia, pensar em como anda a porta da oração na minha vida: mas a oração do coração, não a do papagaio! Como anda a celebração cristã na minha vida? E a imitação de Jesus? Como imitá-Lo?

Para quem não se lembra porque o Evangelho está “todo empoeirado e nunca é aberto”, o Papa aconselhou a abri-lo, pois lá encontrará como imitar Jesus.
“Pensar como estão essas três portas na nossa vida fará bem a todos”, concluiu.
A missa na Casa Santa Marta foi a única atividade do Papa Francisco esta manhã. Os demais compromissos previstos foram cancelados devido a uma leve indisposição do Pontífice.
 
Fonte: Vaticano News
 
 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Audiência: a fortaleza nos ajuda a prosseguir, a exemplo dos muitos santos "escondidos" em meio a nós

  Mais de 60 mil pessoas participaram na Praça São Pedro da Audiência Geral desta quarta-feira 14/05

Devido ao forte vento, o Papa Francisco tirou seu solidéu na entrada da Praça, antes de percorrê-la para saudar os peregrinos.

A audiência tem início com a leitura, em várias línguas, de um Salmo. Na sequência, o Papa se dirigiu aos fiéis para falar de mais um dos dons do Espírito Santo – tema de suas catequeses nas últimas semanas.

Desta vez, Francisco falou da fortaleza, com o qual o Espírito Santo vem ao nosso encontro para nos amparar em nossas fraquezas.

Para explicar este dom, o Papa citou a parábola do semeador narrada por Jesus.

Este semeador representa o Pai, que lança a semente da sua Palavra no nosso coração; muitas vezes, porém, este coração é terra árida na qual a Palavra, mesmo acolhida, corre o risco de ficar estéril. Com o dom da fortaleza, o Espírito Santo liberta o terreno do nosso coração da tibieza, de incertezas e medos que impedem a Palavra divina de frutificar.
“Trata-se de uma verdadeira ajuda, que nos dá força”, disse o Papa, constatando que hoje não faltam situações de perseguição nas quais os cristãos continuam a testemunhar a sua fé pagando com a própria vida.

Isto é inexplicável humanamente. Só se explica com a ajuda do Espírito Santo, que infunde fortaleza e confiança mesmo nas circunstâncias mais difíceis da nossa vida.

Todos nós conhecemos pessoas que viveram situações difíceis, tantas dores. Homens e mulheres que levam uma vida difícil, lutam para levar avante a família, educar os filhos. Pessoas da quais não conhecemos o nome, mas que honram nosso povo, nossa Igreja, porque são fortes. Eles conseguem isso porque tem a fortaleza que os ajuda. São santos cotidianos, santos escondidos em meio a nós com o dom da fortaleza para levar avante seu dever. E nos fará bem pensar nessas pessoas, pois se elas conseguem, porque eu não conseguiria?
A fortaleza, todavia, não é necessária somente nas situações extraordinárias. Este dom deve alimentar a nossa santidade na vida ordinária de cada dia. O Papa recordou uma frase do Apóstolo Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Deus não nos dá uma prova que não possamos tolerar. Para vencermos a preguiça ou o desânimo que nos investem, concluiu o Pontífice, invoquemos o Espírito Santo que sempre comunica nova força e entusiasmo à nossa existência vivida seguindo os passos de Jesus.

Ao saudar os inúmeros peregrinos na Praça S. Pedro, aos de língua portuguesa o Papa dirigiu uma saudação especial ao grupo de Schoenstatt e aos fiéis de Franca e do Rio de Janeiro.

“Este mês de Maria convida-nos a multiplicar diariamente os atos de devoção e imitação da Mãe de Deus. Rezai o terço todos os dias! Deixai a Virgem Mãe possuir o vosso coração, confiando-lhe tudo quanto sois e tendes! E Deus será tudo em todos. Assim Deus vos abençoe, a vós e aos vossos entes queridos!”, disse o Papa.

Nossa colega Jacqueline Oliveira foi à Praça S. Pedro e encontrou alguns brasileiros, principalmente do sul do país, que narraram a emoção de ouvir a catequese do Papa Francisco


Fonte: site da Rádio Vaticano